domingo, 4 de novembro de 2007

E o Poeta se Inspirou...

Karla,
Ouvindo a canção e obedecendo à manifestação chuvosa do dia escrevi essa poesia:

A BELEZA DE UMA CANÇÃO

Que beleza esta canção,
que toca agora lentamente,
despertando meu passado
e deixando à vista
os hemisférios de meu coração.
Dá-me, bem no nó da garganta,
uma vontade imensa
de escrever um poema de amor.

Esta canção encharca os olhos
com uma espécie de lágrima despertada
a verter, com sabor de bala de noiva,
da saudade de um amor
que ficou incrustado na alma,
como uma pequena pedra de diamante
se incrusta no mais puro aço,
fazendo irreversibilidades
e não permitindo ao arrevesamento do tempo
modificá-lo.

E eu, que não gosto de tempestades,
sem que possa me dar conta de meus temores,
lanço-me sob ela,
andando como um louco menino
entre relâmpagos e trovões,
sem rumo, sonhando adolescentemente
e assobiando esta canção,
perdidamente apaixonado,
perdidamente apaixonado pelo mesmo amor
que um dia me transformou,
de ingênuo farejador da vida,
em especialista das loucuras
bem vividas.
Como foi bom! Como fui feliz!

Posso sentir que o tempo,
por mais longo e insistente que tenha sido,
não conseguiu transformar esse amor.
Ele ainda é o mesmo. Como eu.
Graças a Deus!


Oswaldo Antonio Begiato

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