quarta-feira, 4 de março de 2009

E o Poeta respondeu...

oi Karla, bom dia querida....bom dia mesmo..
por que o meu com seus versos, certamente será..
obrigado, mesmo..

essa tua poesia, linda como semrpe, como todas, me fez lembrar a música Atrás da Porta, que Elis interpretou com tamanha intensidade que me fazia arrepiar todo..
não sou mulher, mas gostaria muito de saber o que se passa na alma feminina quando o homem que ama vai embora....
meu Deus....imagino os cacos do coração caindo...o barulho que deve fazer...
e imagino que são quebramentos irrecuperáveis...

estou lhe mandando hoje uma poesia velha que achei aqui...fala mais ou menos sobre isso, mas sob o ponto de vista masculino...claro que muito aquém da sua...

Obrigado...bjos.w


SEM PALAVRAS
 

Eu quero ser branco
feito de papel reciclado,
sem quadrículas,
linhas tortas,
palavras,
versos,
rimas,
pontuações,
ou segundas intenções.

Eu quero ser árido
feito de silêncio mortal,
sem gesticulações,
voz rouca,
palavras,
afetos,
abraços,
nenhum calor,
ou nenhuma grande dor.
Eu quero ser triste
feito uma canção inacabada,
sem movimentos,
sons formais,
palavras,
notas,
pautas,
perdidas ilusões,
ou maiores complicações.

A menos que,
com as mãos em conchas,
dilua tuas trevas,
resgate-me de tuas sombras
e recolha meus desencantos 
ou liberte-me das palavras
não pesadas, 
que sempre dizes,
como uma predadora de sonhos.
Oswaldo Antônio Begiato

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial