terça-feira, 4 de agosto de 2009

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(In)Confidências


Morri no dia em que não mais te reconheci
Porque morreu também uma grande parte de ti
mas te eternizei no dia em que resolvi te amar no escuro
Tornando-me especialista em ti e desvendando-te além das aparências

Decifro-te a cada dia, cada mês e a cada ano
Decifro-te a todo instante em que nos disfarçamos
Flutuo em sua órbita qual satélite, sempre vislumbrando tua superfície lunar

Contigo, aprendi que o amor não precisa de presença para ser amor
aprendi que posso eu mesma suturar meus cortes com as linhas que me dedicaste
aprendi que um dia sem você não é nada perto do templo que me erguestes

Todas as vezes que penso que já foste
germinas, um belo dia, como um girassol
que no escuro esperou pacientemente pelo nascer de um novo dia

Falei com Deus sobre ti...
que, certas noites, minha alma perambulava por tua casa
Ele respondeu-me, que ficasse tranquila, que não me preocupasse
pois se responsabilisava pela noite das almas

Nessas horas nuas, onde a luz da lua ilumina as ruas,
ninguém percebia onde as almas íam
desesperadas e com frio, à procura de abrigo.

Karla Julia

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