sábado, 8 de maio de 2010

A Poesia nossa de cada dia, muito bem representada!

Minha sorte

Ando encerrado num canto pequeno
da minha insônia...

Se agigantando feito neve derretida
a fazer transbordar meu rio.

Mas nem por isso preciso
tomar emprestado do meu sono
palavras que, supondo-as ditas,
nunca se revelem aos sentidos:

Posto sejam morredouras,
nos escapam para dar lugar a outra...

Seguindo-se sempre
Outra melhor.

Sorte a minha,
que por cá aterrissou outra alma
que se me assemelha.

Seja teu, pois, Menina Poesia,
o mérito de me fazer sentir
o que nenhum olho jamais viu,
nem ouvido algum ouviu,
acordado...

Que nem tudo que me empurra adiante
pertence aos meus sonhos.

Gui Bassalo
07/05/2010

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