quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ou MAGMA XII




Meu medo,
quando mergulhas com fúria em mim
é tanto que me deixas ao mesmo tempo
saciada
e
 vulnerável.

Dessa feita,
aceito tuas incoerências,
me fazendo de boba
e se misturo força e covardia
é pra não te amedrontar.

Substantiva, muito verbal,
me finjo adjetiva e artificial
tuas mentiras,
relevo pra não me chatear.

Tua presença,
cada dia mais intensa
Aceitar o desafio?
Correr o risco?

Me arranho
e  sangro no caminho.
Naquela roseira que insististe em plantar
e cujos espinhos,
me prometeste

sempre arrancar.

Karla Julia

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