domingo, 13 de novembro de 2011

CATIVOS


Em meio a meus devaneios
tento fazer um soneto
mas quando tento me concentrar
de tudo me esqueço
Só recordo-me de tua mão em meu ombro.

Meus sentimentos, ora inquietantes
decerto hesitantes
Teus olhos, pousados sobre os meus, qual ímãs
que não me deixam outra coisa olhar.

Bem sei que meus pensamentos ,
prestes a serem adivinhados,
tornam-se cativos, a partir do momento em que fui te encontrar
E tu me detonaste com esse olhar,
na mesma hora em que tuas mãos,
que são fortes e me fizeram desmaiar
percorreram minha cintura procurando meus segredos.


Desvendando-te parte por parte,
as mais ocultas e expostas áreas do teu corpo,
deixando-te confusa e difusa sob o meu domínio,
que ofereceu-se ao abrir dos teus olhos - rente aos meus
tornando-te escrava,
prisioneira de minha alegria em grades de fogo,
nos meus braços,ternura,e loucura,segurando teu corpo.

E ainda que seja pequena a janela da cela, eu contemplo a lua,
e as estrelas cintilam sobre o teu corpo - iluminado por ela,
saciando-te in-tei-ra, fabricando sorrisos em minha face sem terra,
obrigando-te a crer que o cárcere é dos sonhos, realidade mais bela.

Sei que no fundo, sou teu rei, e tu, a dona da minha alma de poeta...

Karla Julia & Edison Gil

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