segunda-feira, 31 de agosto de 2015

DICA DE SERIADO:" SHOW ME A HERO"


                                                                                                         

Um político em início de carreira (Cris Isaac) se depara com um embate racial e social e passa a governar uma cidade dividida.
O roteiro foi criado por David Simon.
Com seis episódios, a produção estréia nos Estados Unidos e no Brasil neste domingo, às 22h, na HBO, com Oscar Isaac na pele do jovem prefeito Nick Wasicsko.
Gosto muito do protagonista, é o tipo de ator que escolhe a dedo seus filmes, e o seriado promete!
                              Karla Julia

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domingo, 30 de agosto de 2015

Erótica é a Alma!


                   

Certa vez, a grande escritora Adélia Prado escreveu: "Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos. O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior: tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar o ambiente. Porque o tempo, invariavelmente, irá corroer o exterior. E, quando ocorrer, o alicerce precisa estar forte para suportar. Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios. Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores. Aprenda: bisturi algum Vai dar conta do buraco de uma alma negligenciada anos a fio."

                       Adélia Prado

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Tannat Tasting Tour 2015 no Brasil

Teve grande repercussão nos meios especializados a última etapa da amostra internacional dos vinhos uruguaios ao longo de 2015, desta vez no Brasil. 
Depois da participação na International Trade Fair for Wine and Spirits em Düsseldorf, em março (ProWein), na Internatioanl Wine and Spirits  Exhibition em Hong Kong, em junho (Vinexpo), e  no US Tannat Tour realizado em Boston, Washington e Nova York em maio último, as ‘family-owned wineries’ uruguaias, auspiciadas pelo Instituto Nacional de Vitivinicultura (INAVI) e pelo Ministerio de Relaciones Exteriores, levaram ao Rio de Janeiro e a São Paulo o melhor de sua produção recente, no intuito de manter o interesse do mercado brasileiro que, não obstante as dificuldades conjunturais, representa hoje o mais importante destino exportador para os vinhos do Uruguai, seguido pelos Estado Unidos.

                                                                    

O foco da promoção concentrou-se nas duas principais cidades do País, não só por seus altos índices de consumo próprio como também por serem importantes centros distribuidores para as demais regiões. Nessa perspectiva, o público em geral, a imprensa, os comerciantes e distribuidores de bebidas finas e as grandes entidades gastronômicas brasileiras puderam desfrutar do privilégio degustativo de uma ampla gama de exemplares vinícolas (mais de 100 etiquetas) proporcionados pelas 24 bodegas de excelência que participaram de ambos os eventos. No Rio, em 17 de agosto último, o encontro foi na sede do Iate Clube da Avenida Pasteur, e em São Paulo, em 19 de agosto, no Hotel Intercontinental da Alameda Santos.

Naturalmente, a ênfase do Tannat Tasting Tour 2015 no Brasil foi a cepa insígnia do Uruguai. Como se sabe, essa variedade de uva se originou na França e foi introduzida no Uruguai por imigrantes espanhóis na segunda metade do Século XIX.  Produz um vinho de sabor intenso, cor sumamente forte e grande corpo, que se adaptou muito bem na Banda Oriental do Rio da Prata (entre os paralelos de 30º e 35º de Latitude Sul) e é hoje referência internacional. Sobretudo pelos matizes de cor e sabor que seus produtores lograram obter localmente, em nove mil hectares de plantações concentradas no Departamento de Canelones, a cepa consagrou-se por suas excepcionais condições produtivas na década de 1990, depois da criação do INAVI, justamente com o fim de apoiar o seu desenvolvimento qualitativo e fomentar a divulgação do Tannat pelo mundo, junto aos mercados mais exigentes. Tudo com base nas vantagens comparativas que sua produção lograra no Uruguai, dele se tornando, junto com a carne bovina, uma verdadeira marca de identidade nacional.

No tour brasileiro marcaram presença as mais representativas empresas produtoras, a quase totalidade delas caracterizada como empreendimento familiar: Alto de la Ballena, Antigua Bodega Stagnari, Ariano Hnos, Artesana Winery, Bodegas Carrau, Castillo Viejo, De Lucca, Establecimiento Juanicó / Familia Deicas, Familia Irurtia, Familia Pisano, Familia Traversa, Filgueira, Garzón, Giménez Méndez, Juan Toscanini e Hijos, Marichal, Montes Toscanini, Narbona, Pizzorno Family Estates, Rodríguez Bidegain, Vinos Finos H. Stagnari, Viña Progreso, Viña Varela Zarranz e Viñedo de los Vientos.

 Extremamente profissionais, os organizadores das mostras prepararam e distribuíram aos visitantes cariocas e paulistas uma luxuosa brochura, destacando a evolução da vitivinicultura uruguaia, a importância do Tannat, a distribuição geográfica dos diferentes terroirs onde se localizam os vinhedos e os dados das bodegas participantes, cada uma delas com seus contatos no Uruguai e importadores no Brasil. Além disso, o material de divulgação continha o registro de opiniões abalizadas sobre os vinhos uruguaios, com destaque para alguns formadores de opinião na matéria, de
renome internacional, como André Dominé, Alberto Antonini, Jancis Robinson, Evan Goldstein e Jonathan Ray.

Em São Paulo, ademais da mostra e da farta degustação, foi realizada também uma Master Class, sob o conceito de que o Uruguai e sua vitivinicultura estão se diversificando e enveredando por novos caminhos, com a mesma qualidade lograda pelo Tannat. Para tanto, foi importante a apresentação de um mix de vinhos já tradicionais com outras etiquetas mais recentes.  Nesse adendo de divulgação foram destaque os seguintes rótulos, todos já dignos de consagrada referência entre os consumidores latino-americanos:

Ariano - Cuatro Gatos 2011

Artesana - Tannat Zinfandel Merlot 2013

Carrau  - Amat 2009

De Lucca - Río Colorado 2008

Familia Deicas - Preludio 2009

Bodega Garzón - Albariño 2014

Irurtia - Km0 Río de la Plata Reserva Tannat 2012

Pizzorno - Primo 2008

Toscanini - Antología Tannat 2004

Viña Progreso - Sueños de Elisa Tannat 2011

Entre estes, destaco a verdadeira obra prima que é considerada uma das glórias do Uruguai, juntamente com os tradicionais Preludio e Monte Vide Eu. Trata-se do AMAT, da Casa Carrau. Um exemplar ideal para se conhecer realmente o que está fazendo o Uruguai nos segmentos de alta gama com a sua variedade estrela. Generoso no nariz, com matizes de frutas vermelhas e cerejas confeitadas, toques de baunilha e café, tudo adensado pela ‘crianza’ de 24 meses em barris franceses. Exibe na boca uma excelente estrutura, com doses de acidez que previnem harmonizam o sempre presente dilema dos Tannats, corrigindo os imperativos originários da versão francesa e impondo-se pela graciosidade e elegância que os trópicos lhe conferiram. Sempre com taninos firmes, mas sedosos.

Entre as bodegas participantes do Tannat Tasting Tour 2015 no Brasil, com toda admiração pelo trabalho e dedicação de cada uma delas ao longo de várias gerações de proprietários, não poderia deixar de assinalar com especial ênfase a Vinos Finos H. Stagnari. Além de toda a variedade de cepas exploradas, dos inúmeros rótulos varietais e extraordinários blends colocados à disposição dos admiradores uruguaios e estrangeiros, e da atenção personalizada com que a proprietária, Virgínia Moreira de Stagnari, esposa de Hector, recebe seus visitantes na bodega de La Puebla, nunca esquecer que são eles os produtores do vinho mais premiado do mundo em todos os tempos (mais de 40 medalhas nacionais e internacionais), o Tannat Viejo Terroir Salto, oriundo de La Caballada. 

Finalmente, não custa recordar dados da Organização Mundial da Uva e do Vinho referentes aos números estatísticos consolidados de 2014: a superfície vitivinícola mundial alcançou no ano passado 7.573 milhões de hectares, com uma produção uvas de 737 milhões de quilos; a produção de vinhos engarrafados chegou a 270 milhões de litros. Os vinhos uruguaios representaram em 2014 nada menos do que 10% do mercado mundial. Não parece pouca coisa para um país que é o menor da América do Sul, com pouco mais de três milhões de habitantes distribuídos em 176.215 quilômetros quadrados de território.
                                                                  
                                                                

                                              Silvio Assumpção

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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

 Hugh Selwyn Mauberly
(Ezra Pound)

Vai, livro natimudo,
E diz a ela
Que um dia me cantou essa canção de Lawes:
Houvesse em nós
Mais canção, menos temas,
Então se acabariam minhas penas,
Meus defeitos sanados em poemas
Para fazê-la eterna em minha voz
Diz a ela que espalha

Tais tesouros no ar,
Sem querer nada mais além de dar
Vida ao momento,
Que eu lhes ordenaria: vivam,
Quais rosas, no âmbar mágico, a compor,
Rubribordadas de ouro, só
Uma substância e cor
Desafiando o tempo.

Diz a ela que vai
Com a canção nos lábios
Mas não canta a canção e ignora

Quem a fez, que talvez uma outra boca
Tão bela quanto a dela
Em novas eras há de ter aos pés
Os que a adoram agora,
Quando os nossos dois pós
Com o de Waller se deponham, mudos,
No olvido que refina a todos nós,
Até que a mutação apague tudo
Salvo a Beleza, a sós.

(Trecho de “Hugh Selwyn Mauberly”, de Erza Pound)

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Para quem vai a Nova York... Frida Khalo

                               “Frida Kahlo: Art. Garden. Life”

Esse é o nome da exposição no Jardim Botânico de Nova York, que fica no Bronx, 
Lá poderá se ver a coleção de arte pré-hispânica de Rivera 
e que mostra aqui vasos tradicionais com cactus e suculentas mexicanos 
e mais de uma dúzia de pinturas, retratos e desenhos de Kahlo,

O ingresso custa $20 e crianças até 12 anos pagam $8.
he New York Botanical Garden
2900 Southern Boulevard, Bronx, NY 10458

Até 1° de novembro







Karla Julia

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domingo, 23 de agosto de 2015

DICA DE LIVRO :"ZELOTA"


Uma visão do Jesus histórico. O livro é um mergulho na Palestina da época. Uma pesquisa meticulosa
Escrito por Reza Aslan. Especialista em temas religiosos, formado em Harvard.
Já publicou três livros O primeiro," No God but God", que foi traduzido para 13 línguas e é considerado um dos 100 livros mais importantes do ano 2000.
Em "Zelota", Aslan afirma a natureza humana e radical de Jesus de Nazaré, como líder de um movimento revolucionário tão ameaceador à ordem estabelecida que foi executado como criminoso de Estado.
.
O resto é uma questão de fé, como ele bem diz em seu prefácio.
Um livro arrebatador.
 
Karla Julia

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Turismo de Experiências no Uruguai

Todos os aficionados e interessados em temas gastronômicos conhecem ou pelo menos já ouviram falar das tradicionais rotas turísticas argentinas, de Mendonza,  San Juan, Catamarca, La Rioja, Río Negro e Neuquen, assim como dos similares roteiros chilenos associados aos grandes Valles, como o Elqui, Linarí, Choapa, Aconchaga, Casablanca, San Antonio/Leyda, Maipo, Colchaga, Cachapoal, Curicó, Maule, Itata, Bío-Bío e Malleco.

O Uruguai também se inclui nesse já consagrado itinerário sub-regional de turismo no Cone Sul, através do projeto Los Caminos del Vino, que reúne bodegas de excelência nos departamentos de Montevideo, Canelones e Maldonado, além de San José, Colonia, Soriano, Río Negro, Artigas, Salto, Paysandú, Rivera, Tacuarembó, Durazno, Florida e Lavalleja.

Com opções de lazer cada vez mais diversificadas, merece igualmente destaque no Uruguai o projeto Experiencias Garzón, pelo qual os turistas locais ou estrangeiros têm acesso a um cardápio inovador oferecido pela empresa Colinas de Garzòn, com experiências turísticas  que giram em torno de sua Planta Boutique de Elaboratíon de Azeite de Oliva Extra Virgem, localizada a poucos quilômetros da costa uruguaia, onde os visitantes, além das tradicionais degustações e almoços temáticos com vinhos nobres regionais, são surpreendidos com viagens de balão e outras iniciativas personalizadas.
http://www.colinasdegarzon.com/es/ExperienciasGarzon.pdf

Precisamente ao encontro do sucesso dessas propostas já atrativas é que se lançou esta semana na Banda Oriental uma nova iniciativa que promete atrair ainda mais gente para as terras austrais do Continente.
                                       
                                       

Localizado nos arredores de Punta del Leste (30km), trata-se da assim chamada  Ruta Gourmet de la Sierra de los Caracoles, projeto campestre destinado ao “turismo de experiências” sob a condução personalizada dos pequenos produtores daquela região balneária, vinculados à criação de ovelhas, gansos e patos (com fois gras e patês à disposição), bem como à elaboração artesanal de queijos, azeites e outras delícias de extrema qualidade e pura autenticidade, sob o conceito de “produtos de autor”.  Visa-se, portanto, ao estabelecimento de uma aposta alternativa de turismo, possível de ser usufruída em diferentes épocas do ano e extremamente propícia à participação ativa dos futuros visitantes, que terão a oportunidade de assimilar as vivências e formar parte do próprio cotidiano do lugar.

O roteiro começará a funcionar em setembro de 2015, como investida pioneira já para o próximo verão. Entre março e abril de cada ano a agenda se destinará ao desfrute das vindimas e, entre maio e junho, â colheita dos olivais seguida das podas, em conjugação com as atividades próprias dos pequenos produtores locais. A ideia é que os turistas realizem visitas de um ou mais dias, a fim de percorrer pelo menos três empreendimentos, através de um circuito flexível que muda de acordo com a época do ano.

A Rota Gourmet pretende, assim, oferecer uma nova marca, um novo estilo de visitação participativa, em contexto cultural e histórico que terá como eixos os segredos da Serra dos Caracóis, com suas taperas e moinhos de trigo originais (antes movidos pelo riacho Maldonado), ressaltando o valor paisagístico daquele microterritório a 150 km de Montevidéu. Um verdadeiro ‘terroir’ com sua combinação de solo, topografia e clima, a determinar um estilo exclusivo de produção gastronômica. Associadas ao projeto já estão várias empresas de destaque no cenário local, como Finca Babieca, Alto la Ballena, Los Gallos, Nono Antonio e Las Terrazas.

Além de conhecer de perto o funcionamento da região por meio de seus verdadeiros protagonistas, seus habitantes e pequenos produtores, os visitantes poderão degustar sem parcimônia as iguarias locais em almoços ao ar livre com base na Culinária Mendiko (Montanha, no dialeto basco, em homenagem aos primeiros imigrantes que lá se estabeleceram, vindos de Navarra para se dedicar à criação de ovelhas).

Em sintonia com as novas tendências do setor, portanto, o Uruguai inova e ultrapassa os formatos tradicionais de opções turísticas, que pretende transformar em experiências únicas e genuínas. É possível que o périplo se desenvolva sem demasiado conforto, mas pelo menos com a segurança de autenticidade.                                                                                                                                 

Silvio Rhomedes

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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Orquideas, sempre

Obrigada pelo carinho meu querido amigo
Ronaldo Lemos, você nunca se esquece!



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HENESSY: UMA OBRA DE ARTE PARA BEBER OU GUARDAR

Em meio a tantas novidades no mundo dos vinhos, licores e aguardentes, valeria uma justa recordação da França, com todas as suas melhores tradições. Uma delas é o genuíno Cognac, aguardente obtido através da destilação do vinho de cepas brancas, envelhecido em barris de madeira nobre, procedentes de uma região demarcada, com o mesmo nome. São vários os exemplares daquela zona, com êxito garantido entre os consumidores do mundo inteiro há muitos anos. Mas haveria que ressaltar um rótulo de conteúdo excepcional: Henessy.
                                                                           
                                                                         


Além de todas as suas edições singulares, como o VS, o VSOP, o XO, o Paradis Extra, o Private Reserve, o Timeless, o Privé e o Black, todas com  garrafas que são verdadeiras obras primas de repercussão internacional, é necessário ter presente uma em especial, suntuosamente elaborada para celebrar o centenário de nascimento de Kilian Hennessy, patriarca da sexta geração sucessória do fundador da marca.  A mistura esteve a cargo de um Maître Blender de nome Yann Fillioux. Foi trazida a publico em 2007 e até hoje permanece inigualável. Sua embalagem singular provém de dez anos de trabalho dos mestres da Cristaleria Baccarat, que elaboraram a garrafa e os quatro copos adornados com folhas de ouro que a acompanham. Tudo montado dentro de um verdadeiro cofre, feito em alumínio, de beleza radiante, concebido pelo artista francês Jean-Michel Othoniel. Dentro de uma gaveta secreta há também um livro, ricamente encadernado na cor cinza metálico, que conta a história da marca, adornado com gravuras da Belle Époque e por fotografias em preto e branco de mulheres famosas, que foram símbolo de beleza durante o Século XX.
                                                                 
                                                                                    


O conteúdo lacrado da garrafa, imponente e sem qualquer rótulo exterior, advém da combinação de uma centena das melhores eaux-de-vies existentes na fábrica francesa, a mais velha de 1907, todas procedentes da coleção pessoal dos fundadores da empresa. Pode-se, assim, sem qualquer interferência, constatar a nobre coloração da bebida, cujo dourado envelhecido estimula tanto o consumo imediato quanto o desejo de mantê-la para futuras gerações.

Seu nome: Beauté du Siècle ou Beleza do Século. O preço: US$ 220 mil. Mas por que tão caro? Primeiro, em função do seu ‘blend’ excepcional. Segundo, pela apresentação icônica da bebida e seus complementos. Terceiro, por seu significado em termos de colecionismo internacional. Não há como não admirar e se fascinar pelo conjunto da obra, considerando que foram produzidos apenas cem exemplares.


Como se sabe, a história do renomado e sofisticado cognac francês começou em 1765 quando o capitão Richard Hennessy, um irlandês católico que servia as forças armadas francesas, fundou uma empresa produtora na cidade de Cognac, à margem direita do Rio Charente, para armazenar seus mais raros brandies. Inspirado pela decorativa maçaneta da janela de seu escritório, ele criou a famosa garrafa do VS (Very Superior), primeiro produto da marca, que viria a se tornar um símbolo do segmento. 

O produto foi exportado pela primeira vez em 1794, para os Estados Unidos, que acabava de tornar-se independente. O nome Hennessy & C° foi adotado somente em 1814. O reconhecimento internacional viria pouco depois, em 1817, quando Georges IV, rei da Inglaterra, encomendou à Henessy um exemplar especial três anos antes de ser coroado, em 1820, o célebre Very Superior Old and Pale Cognac.

Atualmente, depois de oito gerações de sucesso, a luxuosa marca capitaneada por Maurice Henessy, que pertence ao poderoso grupo francês LVHM, proprietário também da Moët et Chandon, vende aproximadamente 50 milhões de garrafas de cognac por ano, representando aproximadamente 40% do mercado mundial. O faturamento supera anualmente US$ 1 bilhão. 
                                                                        

                                                                               


A propósito do tema, é bom os aficionados começarem a reavaliar os custos dos Romanée-Conti, dos Brunello di Montalcino, dos Château Latour, Margaux, Lafite e Mouton Rothschild, dos Petrus, dos Barca Velha, dos Alma Viva e dos Catena Zapata, entre outros vinhos elevados à categoria de muito caros nas últimas décadas. Aos que ainda podem se espantar com os preços praticados na comercialização dos grandes aguardentes, não seria demasiado destacar os valores individuais das dez bebidas de excelência, consideradas as mais caras do mundo na atualidade (com especial destaque para a de nº 8, um copo apenas, servido no The Movida Club de Londres, composta por pequenas doses de Cognac Louis XIII (Remy Martin), Champagne Cristal Rosé (Louis Roederer), Amargo de Angostura,  açúcar mascavo e flocos de folhas de ouro com 24 quilates): 

1. Henri IV Dudognon Heritage Cognac – US$ 2 milhões

2. Russo-Baltique Vodka – US$ 1,3 milhão

3. Diva Vodka Premium– US$ 1,060 milhão

4. Mendis Brandy – US$ 1 milhão

5. Spluch Tequila – US$ 250 mil

6. Henessy Beauté du Siècle – US$ 220 mil

7. The Macallan Fine&Rare Vintage 1926 – US$ 75 mil

8. Single Cocktail ‘Flawless’- US$ 71 mil

9. Wray&Nephew Jamaican Rum 1940 – US$ 51 mil

10. Krug Champagne Vintage1928 – US$ 21 mil


                                         Silvio Assumpção

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Paris em três minutos!




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Pensamento do dia



    " Esperar que a vida te trate bem porque você é uma boa pessoa,
       é como esperar que um tigre não te ataque porque você é
       vegetariano."

       Bruce Lee

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Sobre uma certa obra impressionista

Quando Degas expos a tela " Jovens espartanos  treianando luta" de Degas,  
  na Quinta mostra Impressionista em 1880,
  ele  a havia denominado de " Moças Expartanas provocando Rapazes

Na Grécia antiga, considerada o berço da da civilização ocidental, 
  as mulheres não podiam sair sozinhas, não podiam votar nem estudar, exceto numa 
determinada cidade-estado:Esparta.

  E é exatamente o que esse quadro nos mostra: " Moças espartanas provocando rapazes"- mulheres      tomando iniciativa.
  Notem que o rapaz da frente está de quatro!

  Mais um ponto para Degas por sua provocação.


 Karla Julia

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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Pensamento do dia

Amigos não "são  para essas coisas" não. Isso é um clicê detestável, 
significando quase sempre que amigo é saco de pancadas, é uma
espécie de privada onde o outro pode jogar dejetos, detritos imundos
e dar a descarga. Amigos são para dividir o bom e o mau, mas também
para deixarem as coisas bem limpas entre eles - amigos devem ser solidários.

Caio Fernando Abreu

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O nascimento do Renascimento

  O Renascimento nasceu em Florença, na Itália. Os gênios que inventaram esse novo estilo do quattrocento ( século XV), foram o pintor Masaccio (nasceu em 1401 e faleceu em 1428.Foi o primeiro, desde Giotto, a não pintar a figura humana como uma coluna linear, como no estilo gótico, como um ser humano real).

                                                                                 
                                            "O Pagamento do Tributo"
                                                                       Masaccio


 O escultor Donatello (nasceu em 1386 3 veio a falecer em 1466)Trouxe de volta o Naturalismo ( seu "Davi", doi o primeiro nu em tamanho natural desde o período clássico.) A escultura que fez de Maria Madalena, como uma vellha enrugada, era tão real que, segundo dizem gritou-lhe; " Fala, fala, ou morrerás de peste!"

                                                           
                                                       "Davi"
                                                                         Donatello

E o pintor Botticelli,(nasceu em 1444 e faleceu em 1510), cujas figuras tão elegantes chegaram ao ápice do refinamento.Suas louras donzelas flutuantes podem até nos remeter à arte bizantina, mas seus nus já nos trazem de volta ao Renascimento.  "O Nascimento de Vênus" é o marco do renascimento da mitologia clássica.

                                                                                 
                                                                           


                                              Karla Julia

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